Consórcio ou Financiamento? Conheça as principais diferenças

Consórcio ou Financiamento? Conheça as principais diferenças

Digamos que você precisa comprar uma casa, mas não tem o dinheiro para paga-la à vista. Então, começa a ver as opções: é possível pedir para que um banco ajude a fazer essa transação, algo que é conhecido como financiamento.

Por outro lado, você pode contar com uma modalidade que não cobra juros, nem valor de entrada, e que precisa de um planejamento para conseguir a entrega do bem. Este é o caso do consórcio.

Mas, qual a diferença entre consórcio e financiamento? A seguir, explicamos, para que você tome a melhor decisão na hora de investir no seu próximo bem, seja automóvel, imóvel ou um serviço.

Como funciona o financiamento
Quem deseja obter o bem na hora, antes mesmo de começar a pagar, geralmente recorre ao financiamento.

Nessa modalidade, é preciso procurar uma instituição financeira e especificar o bem que deseja comprar. Depois disso, o banco faz uma ampla avaliação, para entender se ele possui condições de pagamento e para calcular o valor das mensalidades do "empréstimo".

Isso porque o banco realiza a compra do bem para, depois, dar as condições de parcelamento, com o acréscimo de juros nas mensalidades. Dessa maneira, o banco pode lucrar com praticamente o dobro do valor do seu bem, dependendo das condições do financiamento.

Na maioria dos casos, o banco exige o total de 20% de entrada para aprovar o financiamento. Se você quiser investir em uma casa de R$ 300 mil, por exemplo, teria que pagar R$ 60 mil de uma só vez para ter o financiamento aprovado.

Como o banco já faz a compra antecipada do bem, você deve pagar à instituição financeira o saldo devedor, dividido em parcelas.

Para o cálculo dos juros, geralmente os bancos seguem duas tabelas:

  • SAC: quando a amortização acontece de maneira constante, ou seja, você pode pagar as últimas parcelas com valor menor; ou
  • Tabela Price: o valor das prestações é constante, já com acréscimo de juros, com cotas de amortização.

A partir do momento que você consegue aprovação da instituição financeira, você já pode adquirir o bem. De certa forma, o financiamento se apresenta como opção viável para quem tem pressa de comprar um carro ou uma casa – mesmo que, no final, tenha que pagar um valor a prazo muito maior que o preço original do bem.

Como funciona o consórcio
Se você pretende planejar a compra do seu novo carro ou imóvel, o consórcio é a melhor opção. Você não adquire o bem na hora da contratação, mas pode fazer o parcelamento sem ter que pagar valor de entrada, parcelas intermediárias ou sofrer com os altos índices de juros.

As administradoras de consórcio só cobram valor da taxa de administração, que varia aproximadamente de 15% a 20% sobre o total do bem. Por ser uma modalidade transparente, o valor das taxas já é fixado no momento de contratação da carta de crédito e é diluído nas parcelas.

Assim que você decide investir em uma carta de crédito, passa a integrar um grupo, que reúne consorciados com objetivos parecidos com o seu. Diferente da modalidade anterior, não é o banco que financia o crédito. O grupo é responsável por se autofinanciar, gerando um fundo para a compra dos bens.

Para que tudo seja feito de forma igualitária, todos os meses são realizados sorteios desses grupos. O sorteio é a forma de garantir que cada bem seja entregue de forma justa.

É garantido que todos os consorciados serão contemplados. Porém, nenhuma administradora pode garantir quando essa contemplação pode acontecer. Há casos de consorciados que são sorteados já no primeiro mês, ou até mesmo no último.

Porém, se quiser antecipar a aquisição de um bem, é possível fazer a oferta de um lance. Nesse caso, você faz o pagamento de um valor mais alto, à parte das mensalidades.

Se o seu valor for o maior entre os demais integrantes do grupo, você é contemplado, e pode usar o crédito para a compra do bem.

Veja quais são as possibilidades de investir com o consórcio:

  • Consórcio de automóveis: é a modalidade mais contratada de consórcio. Você pode investir em um carro zero km ou seminovo (com até 3 anos de uso), com cartas que vão até R$ 220 mil. Também é possível utilizar o seu carro usado como lance, para ser contemplado mais rapidamente.
  • Consórcio de motos: com parcelas a partir de R$ 140, você pode investir na sua nova moto de forma fácil e flexível. Também é possível utilizar a sua motocicleta usada como lance.
  • Consórcio imobiliário: com cartas até R$ 500 mil, você pode realizar o sonho de investir na sua nova casa ou apartamento. Essa é a única modalidade que permite utilizar os recursos do FGTS para dar como lance. Conte com o consórcio imobiliário para investir em terrenos, apartamentos na planta, casa construída, apartamentos decorados ou até mesmo um empreendimento.
  • Consórcio de serviços: a modalidade mais recente de consórcio permite investir em viagens, reformas, estética, estudos, festas e até casamento, com cartas de crédito entre R$ 15 mil e R$ 30 mil.

Caso o valor das cartas seja insuficiente, você pode investir em mais de uma cota e, assim, contar com um valor mais elevado ao ser contemplado.

Por que o consórcio é mais vantajoso que o financiamento
O consórcio é mais flexível que o financiamento sob diversas formas. Primeiramente, não requer ampla análise financeira na hora de contratar.

Além disso, dá a liberdade de o consorciado se planejar com uma gama de opções. É possível escolher o valor da carta de crédito – ou seja, que representa o total do bem –com diversas opções de parcelamento.

Por exemplo, ao escolher uma carta de automóveis, você pode dividir em até 80 parcelas. Já no momento da simulação, leve em consideração o seu planejamento financeiro, para que o valor das parcelas não fique pesado.

Essa flexibilidade do consórcio se estende até mesmo ao momento da contemplação. Você não precisa ficar preso a um modelo de carro que escolheu quando resolveu contratar o consórcio, por exemplo. Ao receber a carta de crédito, você pode indicar qual modelo deseja obter, não importa o preço final.

Se for um carro mais em conta, pode usar até 10% do valor restante para as documentações ou até mesmo ajudar a quitar as parcelas restantes. Se optar por um carro mais caro, fique tranquilo: você pode completar com os seus próprios recursos. A mesma regra se aplica para os demais tipos de consórcio.

E aí, aprendeu a diferença entre consórcio e financiamento? Aproveite para fazer uma simulação e ver o valores de parcela e lance sugerido para planejar a aquisição do seu bem.

Artigo baseado nesta fonte: https://www.embracon.com.br/blog/sabe-a-diferenca-entre-consorcio-e-financiamento-a-gente-te-conta

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Sobre o Autor:

Mauro da Ololu

Mauro Fonseca

Executivo Comercial e Co-fundador da Ololu
Formado em Administração de Empresas e Pós-graduado em Gestão Empresarial, desenvolveu sua trajetória profissional em grandes Bancos, além de empresas do ramo de Consórcio. Especializou-se nos segmentos de Imóveis, Veículos Leves e Pesados.

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